Voo livre, alguém pratica? Dúvida quanto às condições.

[Arthur S. Oliveira]

Olá, estou com dois filhotes de agapornis sendo criados para voo livre por filopatria. Com o desenvolvimento dos filhotes percebi que um deles é cego de um olho, infelizmente. Estou esperando desenvolverem a habilidade de voar em ambiente interno primeiro para ver como esse filhote irá se virar. Mas minha dúvida é: essa ave seria capaz de voar bem em ambiente externo mesmo com a visão comprometida desse jeito? Sei dos riscos envolvidos com voo livre e sei que eles se intensificam nesse caso mas o plano ainda é fazer as duas aves voarem fora de casa. Moro em casa baixa, em bairro, visão limitada a 100 metros em um dos lados da casa, outros lados a visão é limitada ao próprio terreno; baixíssima incidência de aves de rapina e gatos/cachorros. A condições não são as melhores mas já é alguma coisa...

Queria ver mais gente aqui no fórum que pratica voo livre, assim eu teria mais exemplos de casos.

De todo modo gostaria de saber também de pessoas que têm aves deficientes, seja em visão ou qualquer outra coisa: como elas se viram? em quais condições vivem? conseguem fazer tudo o que precisam?

[Gutto De Castro]

Eu pratico com periquitos australianos e com meu loro. Mas só no sítio do meu avô, pois tem uma área plana. Um dos periquitos tem a perna direita meio torta, ele vive bem assim. No seu caso a visão já é um problema, pois ele não vai enxergar muito bem a sua casa, e mesmo com poucos predadores, pode aparecer alguns. Eu deixo eles na gaiola, se estiverem desconfiados, olhando para cima etc, eu não solto. Eles podem estar vendo o que nós não vemos. Agora  se estiverem mais calmos menos desconfiados eu solto um de cada vez. E assim vai.

[Arthur S. Oliveira]

Esse é meu dilema. Sei que uma vez acostumado com o território o filhote não terá problema para voltar para casa, mas o risco de ser predado aumenta devido à visão limitada a um olho apenas. E aí entra outra variável ainda: entre os dois filhotes quem vai limitar quem? Pois imagino que por ter essa deficiência o filhote não dará voos longos e nem para muito longe. Por outro lado o filhote normal poderá não querer se limitar a acompanhar o irmão. E voar separado torna as coisas mais inseguras ainda para o deficiente.

[Gutto De Castro]

Bom, eu os solto separados porque se um não conseguir ouvir o meu chamado (apito), solto o outro para que se encontrem, e eu consiga pegá lo, ou se ele ouvir o outro ele volta. No seu caso, quem vai limitar é o deficiente, pois ele vai sem rumo, e o outro com certeza vai atrás.

Vc já os soltou em espaço livre?

Se não, é melhor treinar em ambiente fechado, e ver como se saem. E depois ir soltando de vagar. Sempre com um petisco, para estimular eles a voltarem.

[Tenebroso]

Em 12/05/2019 at 14:49, Sam Otsugua disse:

Eu pratico com periquitos australianos e com meu loro. Mas só no sítio do meu avô, pois tem uma área plana. Um dos periquitos tem a perna direita meio torta, ele vive bem assim. No seu caso a visão já é um problema, pois ele não vai enxergar muito bem a sua casa, e mesmo com poucos predadores, pode aparecer alguns. Eu deixo eles na gaiola, se estiverem desconfiados, olhando para cima etc, eu não solto. Eles podem estar vendo o que nós não vemos. Agora  se estiverem mais calmos menos desconfiados eu solto um de cada vez. E assim vai.

Caro amigo, vc poderia me dizer como foi/é o treinamento que dá as suas aves?

Não tenho condição financeira para participar de "cursos" de vôo livre e gostaria de ter uma base para ir desenvolvendo com minhas aves essa prática.

[Gutto De Castro]

9 horas atrás, Tenebroso disse:

Caro amigo, vc poderia me dizer como foi/é o treinamento que dá as suas aves?

Não tenho condição financeira para participar de "cursos" de vôo livre e gostaria de ter uma base para ir desenvolvendo com minhas aves essa prática.

Olá!

Eu vi em um vídeo no YouTube, não fiz nenhum curso. Escolhi periquitos por serem um pouco mais fáceis de controlar e eles não costumam voar muito longe.