felipebraz Postado 2 de Dezembro Compartilhar Postado 2 de Dezembro Oi pessoal, sou novo nesse mundo da criação desses bichinhos e com isso cometi vários erros de iniciante e uma das minhas calopsitas (tenho um casal, eu acho rsrs) guarda rancor de mim. Como eu sei que é rancor? A mais velha de casa (teoricamente fêmea) vem em mim até que de boa, canta as vezes, brinca com tudo (até mais do que é permitido), é super travessa (até demais) e até obediente, boa parte do tempo. Já o mais novo de casa (por volta de 45 dias) é bem desconfiado, dificilmente ele sai da gaiola por conta própria, quando está solto as vezes sobe no dedo após me olhar por alguns segundos, outras foge, raramente pia, não canta nem a pau, pouca interação comigo (balançar a cabeça quando assobio ou falo com ele por exemplo), na maior parte do tempo ele fica num canto da mesa em cima de um brinquedo que comprei pra ele (suponho que seja a zona segura), raramente interage com os brinquedos na mesa (diferente da fêmea que toca o terror)... Em compensação aceita carinho numa boa (abaixa a cabeça e ainda fecha os olhos). Já a fêmea raramente aceita carinho e fica parada pra receber, se eu der sorte, por 10 segundos... Kkkkkkk Ambos não bicam, não atacam,... Nesse ponto são bem tranquilos. Eles tem 2 semanas de diferença em casa. O que eu errei? Provavelmente o que todo iniciante faz... Peguei eles por trás várias vezes, me aproximei muito rápido após a chegada no novo lar, reprimi comportamentos agressivos (dando broncas), puni comportamentos "errados" (como brigas entre eles) colocando na gaiola o agressor (normalmente o macho)... Antes que me deem bronca rsrsrs eu tenho estudado muito sobre esses fofos em fontes confiáveis (como Brena Braz, amigos veterinários e outros), já ajustei meu comportamento e até mesmo por isso percebi meus erros. Sempre criei cachorros, adestrei em casa, tenho filho pequeno... Então segui o mesmo padrão que tenho com eles, mas claramente não foi um bom plano e por isso fui aos estudos. E nesses estudos descobri que calopsitas são rancorosas e não esquecem erros facilmente, especialmente se forem repetitivos (como foi no início). A fêmea até está perdoando e aos poucos ficando mais próxima e menos arisca, tá até começando a aceitar carinho. Bom, depois do meu monólogo vamos a tão esperada pergunta... Qual a melhor maneira de lidar com essa presepada e basicamente conquistar o "perdão" deles? Alguém já passou por isso e teve sucesso em formar um vínculo forte e "destraumatizar" os bichinhos? Citar Link para compartilhar Compartilhe em outras redes Mais opções...
isabelc Postado 2 de Dezembro Compartilhar Postado 2 de Dezembro 18 horas atrás, felipebraz disse: Oi pessoal, sou novo nesse mundo da criação desses bichinhos e com isso cometi vários erros de iniciante e uma das minhas calopsitas (tenho um casal, eu acho rsrs) guarda rancor de mim. Como eu sei que é rancor? A mais velha de casa (teoricamente fêmea) vem em mim até que de boa, canta as vezes, brinca com tudo (até mais do que é permitido), é super travessa (até demais) e até obediente, boa parte do tempo. Já o mais novo de casa (por volta de 45 dias) é bem desconfiado, dificilmente ele sai da gaiola por conta própria, quando está solto as vezes sobe no dedo após me olhar por alguns segundos, outras foge, raramente pia, não canta nem a pau, pouca interação comigo (balançar a cabeça quando assobio ou falo com ele por exemplo), na maior parte do tempo ele fica num canto da mesa em cima de um brinquedo que comprei pra ele (suponho que seja a zona segura), raramente interage com os brinquedos na mesa (diferente da fêmea que toca o terror)... Em compensação aceita carinho numa boa (abaixa a cabeça e ainda fecha os olhos). Já a fêmea raramente aceita carinho e fica parada pra receber, se eu der sorte, por 10 segundos... Kkkkkkk Ambos não bicam, não atacam,... Nesse ponto são bem tranquilos. Eles tem 2 semanas de diferença em casa. O que eu errei? Provavelmente o que todo iniciante faz... Peguei eles por trás várias vezes, me aproximei muito rápido após a chegada no novo lar, reprimi comportamentos agressivos (dando broncas), puni comportamentos "errados" (como brigas entre eles) colocando na gaiola o agressor (normalmente o macho)... Antes que me deem bronca rsrsrs eu tenho estudado muito sobre esses fofos em fontes confiáveis (como Brena Braz, amigos veterinários e outros), já ajustei meu comportamento e até mesmo por isso percebi meus erros. Sempre criei cachorros, adestrei em casa, tenho filho pequeno... Então segui o mesmo padrão que tenho com eles, mas claramente não foi um bom plano e por isso fui aos estudos. E nesses estudos descobri que calopsitas são rancorosas e não esquecem erros facilmente, especialmente se forem repetitivos (como foi no início). A fêmea até está perdoando e aos poucos ficando mais próxima e menos arisca, tá até começando a aceitar carinho. Bom, depois do meu monólogo vamos a tão esperada pergunta... Qual a melhor maneira de lidar com essa presepada e basicamente conquistar o "perdão" deles? Alguém já passou por isso e teve sucesso em formar um vínculo forte e "destraumatizar" os bichinhos? Seu macho ainda é um filhotinho, e calopsitas filhotes se assustam com bem mais facilidade que as mais velhas. Além disso os dois estão se acostumando com o ambiete e com você. Ele aceitar carinho e ela ser brincalhona são excelentes sinais. Meu mais novo soprava só de chegar perto dele quando chegou com 2 meses. Hoje com mais de um ano ele é um doce, embora bem mais desconfiado que minha calopsita de 5+ anos. Faça o que vc já está fazendo, pesquise bastante, tenha paciência e passe tempo com eles que em pouquíssimo tempo eles estarão confortáveis com sua presença e o ambiente. 1 Citar Link para compartilhar Compartilhe em outras redes Mais opções...
felipebraz Postado 3 de Dezembro Autor Compartilhar Postado 3 de Dezembro 2 horas atrás, isabelc disse: Seu macho ainda é um filhotinho, e calopsitas filhotes se assustam com bem mais facilidade que as mais velhas. Além disso os dois estão se acostumando com o ambiete e com você. Ele aceitar carinho e ela ser brincalhona são excelentes sinais. Meu mais novo soprava só de chegar perto dele quando chegou com 2 meses. Hoje com mais de um ano ele é um doce, embora bem mais desconfiado que minha calopsita de 5+ anos. Faça o que vc já está fazendo, pesquise bastante, tenha paciência e passe tempo com eles que em pouquíssimo tempo eles estarão confortáveis com sua presença e o ambiente. Obrigado pelas dicas! Inclusive hoje o dia foi bem mais tranquilo e curioso... O macho que costuma ser "reservado" e não muito próximo quis ficar o quase o dia todo no meu ombro, penteou meu cabelo,... E a fêmea tava "azeda", malcriada e arisca, até tivemos um embate pq ela queria a todo custo ficar em cima do meu teclado e não ia rolar (sou programador, então teclado é uma parte bem importante do meu trabalho rsrs)... Esses bixos são mais temperamentais que humanos haha Só queria ver meu macho cantar... Ele é extremamente silencioso, é bem raro ele piar e geralmente pia baixinho. Uma coisa curiosa sobre eles é que a fêmea pia que é uma beleza, alto que chega a machucar o ouvido se estiver no ombro e o pio dela é "normal", já o macho piando parece aqueles apitos de futebol, não é um piiiii, é quase que um priiii. Cada dia mais eu me impressiono com esses bixinhos, eles dão muito trabalho e por vezes dão uma estressada na gente, mas ao mesmo tempo são divertidos e fofos. Aqui os dois pentelhos: Bonnie (Fêmea) Clyde (Macho) Citar Link para compartilhar Compartilhe em outras redes Mais opções...
isabelc Postado 3 de Dezembro Compartilhar Postado 3 de Dezembro 9 horas atrás, felipebraz disse: Obrigado pelas dicas! Inclusive hoje o dia foi bem mais tranquilo e curioso... O macho que costuma ser "reservado" e não muito próximo quis ficar o quase o dia todo no meu ombro, penteou meu cabelo,... E a fêmea tava "azeda", malcriada e arisca, até tivemos um embate pq ela queria a todo custo ficar em cima do meu teclado e não ia rolar (sou programador, então teclado é uma parte bem importante do meu trabalho rsrs)... Esses bixos são mais temperamentais que humanos haha Só queria ver meu macho cantar... Ele é extremamente silencioso, é bem raro ele piar e geralmente pia baixinho. Uma coisa curiosa sobre eles é que a fêmea pia que é uma beleza, alto que chega a machucar o ouvido se estiver no ombro e o pio dela é "normal", já o macho piando parece aqueles apitos de futebol, não é um piiiii, é quase que um priiii. Cada dia mais eu me impressiono com esses bixinhos, eles dão muito trabalho e por vezes dão uma estressada na gente, mas ao mesmo tempo são divertidos e fofos. Aqui os dois pentelhos: Bonnie (Fêmea) Clyde (Macho) São uma gracinha. Sobre o canto, pode levar até alguns meses para ele começar a cantar de fato, mas vai incentivando desde cedo. Citar Link para compartilhar Compartilhe em outras redes Mais opções...
felipebraz Postado 5 de Dezembro Autor Compartilhar Postado 5 de Dezembro Muito obrigado pelas dicas... To apanhando aqui pra entender esse bichinhos, quem sabe daqui pra 2050 eu entendo eles... kkkkk Eles são muito divertidos, mas muito sistemáticos e teimosos. Essa semana a luta está com a gaiola, comprei uma gaiola nova beeem maior, espaçosa, com brinquedos de madeira natural e confortável pra eles. Adivinha? Não querem ficar nem a pau, é colocar lá dentro e começa a piação sem fim. Já estou no terceiro dia que eles não dormem direito a noite. Aí a novela agora é, de manhã cedo estão uma graça, o macho até vem me pedir cafuné, até a fêmea pediu vez ou outra (apesar de que ela vem, pede, mas em 5 segundos ela faz um pio de nervosa, bica e vira a cabeça de novo kkkk), aprontaram uma bagunça brincando na minha mesa... A tarde dormem que é uma beleza num mau humor que só e a noite voltamos para a confusão da gaiola... Já estamos no terceiro dia assim. O dia até começou bem e foi até umas 10:30 (hora que eu dou uma voltinha com eles na rua do condomínio), a fêmea do nada pulou do ombro (eles tem as asas cortadas), o macho foi atrás e não queriam voltar (ficavam correndo na rua e batendo asa), até que enfim optei por voltar pra casa e peguei eles a contra gosto. Não sei se queriam fugir, se assustaram com algo... Eles as vezes pulam quando os pássaros cantam (aqui na rua tem bastante), mas voltam rapidinho. Daí em diante só querem dormir (detalhe, tem que ser perto de mim, se colocar em qualquer outro lugar, que seja do outro lado da mesa eles ficam numa piação só e voltam pra perto), estão num mau humor só, não querem subir no dedo, não posso acariciar... Ou seja, querem ficar perto mas não me beira kkkkk Em resumo, honestamente, eu adoro eles (e se minha mulher deixasse teria mais) mas tenho que confessar que pra novatos (como eu que tenho 45 dias de tutor) é beeeem difícil de lidar. Eles são muito imprevisíveis. Um desabafo, não sei se sou um mau tutor, se a "fuga" deles hoje foi um susto ou se eles realmente queriam se afastar de mim... Mas tenho refletido muito sobre ser tutor de pássaros, a sujeira não é nada comparado com lidar com a personalidade deles. É uma mistura de frustração com culpa. Citar Link para compartilhar Compartilhe em outras redes Mais opções...
isabelc Postado 6 de Dezembro Compartilhar Postado 6 de Dezembro 2 horas atrás, felipebraz disse: Muito obrigado pelas dicas... To apanhando aqui pra entender esse bichinhos, quem sabe daqui pra 2050 eu entendo eles... kkkkk Eles são muito divertidos, mas muito sistemáticos e teimosos. Essa semana a luta está com a gaiola, comprei uma gaiola nova beeem maior, espaçosa, com brinquedos de madeira natural e confortável pra eles. Adivinha? Não querem ficar nem a pau, é colocar lá dentro e começa a piação sem fim. Já estou no terceiro dia que eles não dormem direito a noite. Aí a novela agora é, de manhã cedo estão uma graça, o macho até vem me pedir cafuné, até a fêmea pediu vez ou outra (apesar de que ela vem, pede, mas em 5 segundos ela faz um pio de nervosa, bica e vira a cabeça de novo kkkk), aprontaram uma bagunça brincando na minha mesa... A tarde dormem que é uma beleza num mau humor que só e a noite voltamos para a confusão da gaiola... Já estamos no terceiro dia assim. O dia até começou bem e foi até umas 10:30 (hora que eu dou uma voltinha com eles na rua do condomínio), a fêmea do nada pulou do ombro (eles tem as asas cortadas), o macho foi atrás e não queriam voltar (ficavam correndo na rua e batendo asa), até que enfim optei por voltar pra casa e peguei eles a contra gosto. Não sei se queriam fugir, se assustaram com algo... Eles as vezes pulam quando os pássaros cantam (aqui na rua tem bastante), mas voltam rapidinho. Daí em diante só querem dormir (detalhe, tem que ser perto de mim, se colocar em qualquer outro lugar, que seja do outro lado da mesa eles ficam numa piação só e voltam pra perto), estão num mau humor só, não querem subir no dedo, não posso acariciar... Ou seja, querem ficar perto mas não me beira kkkkk Em resumo, honestamente, eu adoro eles (e se minha mulher deixasse teria mais) mas tenho que confessar que pra novatos (como eu que tenho 45 dias de tutor) é beeeem difícil de lidar. Eles são muito imprevisíveis. Um desabafo, não sei se sou um mau tutor, se a "fuga" deles hoje foi um susto ou se eles realmente queriam se afastar de mim... Mas tenho refletido muito sobre ser tutor de pássaros, a sujeira não é nada comparado com lidar com a personalidade deles. É uma mistura de frustração com culpa. Não recomendo passear com calopsitas. São aves que se assustam com muita facilidade, e por mais que as asas estejam cortadas, continua sendo uma experiência estressante e extremamente perigosa. Desde gavião até gatos e cachorros, num instante a ave pode morrer ou se machucar gravemente. O ideal é mantê-los dentro de casa. Existem pessoas que treinam calopsitas para voo livre, talvez você tenha interesse em pesquisar sobre. Ainda assim, requer muito treino e conhecimento e continua sendo perigoso. Sobre a gaiola, meu macho também é extremamente apegado com a gaiola dele. Já troquei duas vezes e ele fica doido. O que me ajudou foi colocar a gaiola antiga perto da nova, no campo de visão dele. No mais, com o tempo eles se acostumam. Concordo com você, é bastante trabalhoso criar aves, mas é tão gratificante vê-los felizes. Você não é um mau tutor, só de pesquisar e se adaptar às necessidades deles, já é excelente. Outra coisa importante, tem aves que não vão demonstrar tanto apego com pessoas. Podem amar e ainda assim vão ser mais próximos com outras aves, ou preferirem o próprio espaço. Isso não nos faz tutores ruins, cada ave tem sua personalidade. Cuidar bem deles mesmo quando não demonstram afeto da forma convencional é a maior forma de amor que tutores de animais exóticos podem ter. 1 Citar Link para compartilhar Compartilhe em outras redes Mais opções...
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