DCM Balthazar Postado 10 de Abril de 2015 Compartilhar Postado 10 de Abril de 2015 Ocorre morte súbita das aves com menos de 15 dias (HARRISON, 1994). A transmissão ocorre por via inalatória. Em periquitos o vírus se replica nas penas, pele, fígado, baço, epitélio tubular renal, coração e cérebro.Os animais começam a ficar virêmicos entre 7-10 dias. Caso a doença ocorra, os sinais aparecerão entre 10-14 dias. Os sinais clínicos se iniciam com até 100% de morte dos filhotes no ninho caso não exista nenhuma intervenção. Nas próximas estações de criação, as mortes irão declinar, mas continuarão com uma natalidade baixa. A infecção em papagaios adultos é de quase 99,9% sem sintomas. Segundo Harrison (1994), periquitos mais velhos podem apresentar distensão abdominal, hemorragia embaixo da pele, cerca de 10% dos neonatos afetados apresentam ataxia e tremores da cabeça e pescoço. Em outros psitcídeos as infecções subclínicas são as mais comuns; morte aguda após 12-48 horas de depressão, atraso no esvaziamento do papo, regurgitação, diarréia, hemorragia subcutânea, sangramento no local de aplicações ou folículos das penas, hematúria em papagaios africanos.Periquitos quando infectados no ninho, replicam o vírus por 6 meses ou mais. Os papagaios tornam-se virêmicos por 4-8 semanas e eliminam o vírus por 6-16 semanas. A viremia e a replicação viral raramente são detectadas por pelo menos 10 meses. Aves infectadas por poliomavírus e doença do bico e das penas dos psitacídeos podem replicar o vírus continuamente.Para detectar o vírus, sangue e uma combinação de swab cloacal e oral devem ser examinados por P.C.R. A sorologia pode ser usada para escanear periquitos ou agapórnis que saem ou chegam aos aviários. Caso as aves venham de outros aviários e são soropositivos, elas podem ter sido infectadas com o poliomavírus recentemente e podem estar eliminando o vírus. No caso de aves utilizadas para um show circuit que são soronegativos após 2 semanas de quarentena, elas não estão infectadas com o vírus. O diagnóstico post mortem é bem característico. Fígado, baço, pulmão, e rins são tecidos essenciais para o patologista. Estas aves estão virêmicas na hora da morte, então swabs de qualquer tecido serão positivos para o poliomavírus. A imunofluorescência pode ser conclusiva. De acordo com Harrison (1994), nos periquitos encontra-se hidropericardio, cardiomegalia, hepatomegalia, ascite, esplenomegalia, hemorragia dos intestinos e coração, e hemorragia subcutânea. Nos outros psitacídeos observa-se hepatomegalia, esplenomegalia, rins pálidos e aumentados de volume, músculos cardíaco e esqueléticos pálidos, hemorragia subcutânea dos intestinos, fígado e coração.Como diagnóstico diferencial temos a doença do bico e das penas dos psitacídeos, adenovirus, anormalidades endócrinas, infecções bacterianas, infecções fúngicas, lesões traumáticas e reações medicamentosas (cefalosporinas e penicilinas) (HARRISON, 1994).ReferênciasRITCHIE, B.; HARRISON, G.; HARRISON, L. Avian Medicine: Principles and Application. Wingers Publishing, Lake Worth, Florida, 1994. 1407p.RUPLEY, A. Manual de Clínica Aviária. Editora Roca LTDA, São Paulo, 1999. 582p. Carlos Alexandre Pessoa, DVM; MScF: (11) 99820-2330 / 99911-2330E-mail: animalexotico@terra.com.brWebsite: www.animalexotico.com.brConteúdo cuja publicação foi gentilmente autorizada pelo autor. 2 Link para compartilhar Compartilhe em outras redes Mais opções...
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