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Filhote apegado?


VanessaHollier

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Olá,

Tenho um filhote que está com 21 dias de idade e a cada dia que passa ele fica mais esperto. Gostaria de saber se filhotes de aves - de um modo geral - criados na papa se tornam mais apegados aos donos. Ao contrário dos psitacídeos, pombos são naturalmente mansos, então essa nunca foi uma das minhas preocupações. Eu estou cuidando dele na papa faz alguns dias, mas sempre que me vê ele começa a piar, bater as asas, segue e bica minha mão, anda e pula até mim quando coloco ele na mesa, senta no meu dedo, etc. Será que ele vai se tornar apegado a mim por conta disso? Acho que ele pensa que sou a mãe dele, fica todo animado.

Quem já criou calopsitas na papinha poderia me responder?! Agradeço.

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5 horas atrás, VanessaHollier disse:

Olá,

Tenho um filhote que está com 21 dias de idade e a cada dia que passa ele fica mais esperto. Gostaria de saber se filhotes de aves - de um modo geral - criados na papa se tornam mais apegados aos donos. Ao contrário dos psitacídeos, pombos são naturalmente mansos, então essa nunca foi uma das minhas preocupações. Eu estou cuidando dele na papa faz alguns dias, mas sempre que me vê ele começa a piar, bater as asas, segue e bica minha mão, anda e pula até mim quando coloco ele na mesa, senta no meu dedo, etc. Será que ele vai se tornar apegado a mim por conta disso? Acho que ele pensa que sou a mãe dele, fica todo animado.

Quem já criou calopsitas na papinha poderia me responder?! Agradeço.

Sem dúvida. Quanto mais contato as calopsitas tem com humanos, quando filhotes, mais dóceis e apegadas se tornam. Se quase não tem contato até os 30 dias de vida, a chance de que cresçam mais ariscas e independentes aumenta muito. A sua ave já demonstra ser apegada a você, e isso não mudará. Não sei se eles pensam que somos pais deles, mas com certeza nos reconhecem como aqueles que suprem todas as suas necessidades, como afeto, segurança e alimentação. Acho que para eles somos uma mistura de pai, mãe e divindade. Somos parte do bando 😁

Editado por CARONE
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  • 3 weeks later...
Em 15/05/2019 at 22:03, CARONE disse:

Sem dúvida. Quanto mais contato as calopsitas tem com humanos, quando filhotes, mais dóceis e apegadas se tornam. Se quase não tem contato até os 30 dias de vida, a chance de que cresçam mais ariscas e independentes aumenta muito. A sua ave já demonstra ser apegada a você, e isso não mudará. Não sei se eles pensam que somos pais deles, mas com certeza nos reconhecem como aqueles que suprem todas as suas necessidades, como afeto, segurança e alimentação. Acho que para eles somos uma mistura de pai, mãe e divindade. Somos parte do bando 😁

 

Em 15/05/2019 at 16:57, VanessaHollier disse:

Olá,

Tenho um filhote que está com 21 dias de idade e a cada dia que passa ele fica mais esperto. Gostaria de saber se filhotes de aves - de um modo geral - criados na papa se tornam mais apegados aos donos. Ao contrário dos psitacídeos, pombos são naturalmente mansos, então essa nunca foi uma das minhas preocupações. Eu estou cuidando dele na papa faz alguns dias, mas sempre que me vê ele começa a piar, bater as asas, segue e bica minha mão, anda e pula até mim quando coloco ele na mesa, senta no meu dedo, etc. Será que ele vai se tornar apegado a mim por conta disso? Acho que ele pensa que sou a mãe dele, fica todo animado.

Quem já criou calopsitas na papinha poderia me responder?! Agradeço.

Eles nos reconhecem como seus pais (ou melhor, progenitores) sim. Isso é o fenômeno do imprinting descrito por Konrad Lorenz (ele ganhou um Nobel por isso). Por isso aves criadas na papa se tornam tão mansas, a princípio. Lorenz é aquele cara que vemos em algumas fotos de livros de biologia ou psicologia que tem um monte de filhotes de patos andando atrás dele e o seguindo. Ele criou esses patos desde o primeiro dia de vida deles e depois de crescidos, mesmo quando colocados em contato com outros patos, eles não se misturavam e continuavam a seguir Lorenz. Ou seja, estavam imprimidos a Lorenz e o reconheciam como mais um da espécie deles. 

Mas o ideal seria criar mais de um filhote ao mesmo tempo Vanessa, juntos. Como no experimento de Lorenz, os patinhos foram criados por ele (e portanto imprimidos a ele) mas também estavam na companhia de outros da mesma espécie, seus irmãos. Isso faz com que a ave não perca a sua identidade de espécie. Sendo patos, calopsitas ou qualquer outra ave, devem se reconhecer e se comportar como a espécie que são. Criando-os dessa forma eles estão imprimidos em duas direções: na direção do homem e na direção da própria espécie. Uma ave que é criada sozinha desde filhote,  e portanto só está imprimida ao ser humano, tende a desenvolver desvios psicológicos com o tempo. Isso porque ela não se reconhece como espécie, na cabeça dela ela se reconhece com um humano e tenta viver como um. O estresse é inevitável neste caso e os desvios podem ser graves. Por isso muitas vezes vemos aves que foram criadas sozinhas gritando muito ou acasalando com objetos e brinquedos, ou que com o tempo ficam meio "bipolares", bicando o dono e instantes depois querendo atenção e carinho dele. Nada disso é natural ou saudável. Por isso eu bato sempre nessa tecla, o estresse ou a inexistência dele é quem vai definir se uma ave será feliz e saudável ou estressada e problemática.

Você tem outras calopsitas, não tem? Tente socializar ao máximo esse filhote com os outros, se possível. Será o melhor pra ele agora.

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2 horas atrás, Arthur S. Oliveira disse:

 

Eles nos reconhecem como seus pais (ou melhor, progenitores) sim. Isso é o fenômeno do imprinting descrito por Konrad Lorenz (ele ganhou um Nobel por isso). Por isso aves criadas na papa se tornam tão mansas, a princípio. Lorenz é aquele cara que vemos em algumas fotos de livros de biologia ou psicologia que tem um monte de filhotes de patos andando atrás dele e o seguindo. Ele criou esses patos desde o primeiro dia de vida deles e depois de crescidos, mesmo quando colocados em contato com outros patos, eles não se misturavam e continuavam a seguir Lorenz. Ou seja, estavam imprimidos a Lorenz e o reconheciam como mais um da espécie deles. 

Mas o ideal seria criar mais de um filhote ao mesmo tempo Vanessa, juntos. Como no experimento de Lorenz, os patinhos foram criados por ele (e portanto imprimidos a ele) mas também estavam na companhia de outros da mesma espécie, seus irmãos. Isso faz com que a ave não perca a sua identidade de espécie. Sendo patos, calopsitas ou qualquer outra ave, devem se reconhecer e se comportar como a espécie que são. Criando-os dessa forma eles estão imprimidos em duas direções: na direção do homem e na direção da própria espécie. Uma ave que é criada sozinha desde filhote,  e portanto só está imprimida ao ser humano, tende a desenvolver desvios psicológicos com o tempo. Isso porque ela não se reconhece como espécie, na cabeça dela ela se reconhece com um humano e tenta viver como um. O estresse é inevitável neste caso e os desvios podem ser graves. Por isso muitas vezes vemos aves que foram criadas sozinhas gritando muito ou acasalando com objetos e brinquedos, ou que com o tempo ficam meio "bipolares", bicando o dono e instantes depois querendo atenção e carinho dele. Nada disso é natural ou saudável. Por isso eu bato sempre nessa tecla, o estresse ou a inexistência dele é quem vai definir se uma ave será feliz e saudável ou estressada e problemática.

Você tem outras calopsitas, não tem? Tente socializar ao máximo esse filhote com os outros, se possível. Será o melhor pra ele agora.

A diferença é que eu não estou fazendo um experimento. 😅

Ele já tem mais de um mês agora, e é um pombo, não calopsita. Eu cuidei dele na papa porque os pais ficaram doentes na época e deixaram de alimentá-lo, o que na minha visão tá correto, porque poderiam passar a doença deles pro filhote se o fizessem.

Depois que ficaram melhores, o filhote ficou com os pais, convivendo com os pais e até hoje eles estão juntos. O filhote aprendeu a comer semente e tomar água com eles e eu treinei ele pra voltar na minha mão quando ensinei a voar. Ele gosta de voar no meu ombro agora, simplesmente vem na minha blusa e senta ali. 

Ele é muito esperto, aprendeu tudo muito rápido e cresceu muito rápido também. Já começou até a "rir". (Essa espécie dá risada, por alguma razão, mas esse não é o canto de verdade deles).

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Você está fazendo o mesmo que foi feito no experimento: imprimindo a ave a você. 

O importante é que agora ele vive com outros iguais a ele e ao mesmo tempo não teme você, assim a relação e o manejo não serão estressantes. Que bom que deu tudo certo.

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