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Postura Crônica - Forpus


Thamyres

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Olá! Tenho duas Forpus coelestis fêmeas sexadas em casa. Uma das forpus, a Celeste, está colocando ovos sem parar. Desde setembro já foram uns 10, sendo que  último colocou hoje a tarde. Logo que ela coloca, fica cansada e come o ovo quase imediatamente (não sei se é muito recomendado, mas como ela come tudo, eu acabo dando casca de ovo de galinha limpa e fervida para ajudar). O problema é que já fiz de tudo para interromper a crise! Ela é irmã biológica da Brioche, então passaram a vida inteira juntas. As duas cruzavam e se revezavam o dia inteiro. Também trocavam carinho e uma alimentava a outra pelo bico. Quem mais vazia isso era a Celeste. Como ela havia colocado uns 5 ovos seguidos em um mês, levei para fica internada com a veterinária. Acontece que nesse tempo de internação (uma semana), a Celeste ficou louca pelo Chiquito, calopsita macho da veterinária. Ficou tão fissurada que não posso mais deixá-la com ela. Assim que voltou para casa, ficou super agressiva com a irmã e só passou a ficar com as calopsitas. Ficou completamente louca pelo Poof, meu macho silvestre (e é igual ao Chiquito). Ele detesta aves e principalmente as forpus, então é bem estressante para ele, pois a Celeste segue ele em todos os lugares. Ela começou a fazer ninho nos locais em que ele mais fica, como em cima das prateleiras, dentro da escrivaninha, debaixo da escrivaninha, etc. Como ela já havia colocado ovos depois da internação, forrei o quarto inteiro. Todos os buracos possíveis, qualquer local com sombra foi tampado. Qualquer item que pudesse virar material de ninho foi retirado. O problema é que ela começou a fazer ninho nas dobras das paredes. Tive que deixá-la presa. Ela está TÃO surtada que começou a fazer ninho nas grades da gaiola! Ela interpreta o espaço das grades como sendo um buraco, então faz ninho (sempre que as forpus fazem ninho, emitem um barulho, então sei identificar). Quando vejo isso, começo a afastá-la das grades e ela passou a fazer ninho na bandeja da gaiola, nos potes de comida. Eu não sei mais o que fazer. Não posso deixá-la solta, presa, com a veterinária e em outra clínica, pois o veterinário deixa as aves saudáveis em um mesmo cômodo e ela provavelmente fará "imprint" com outra ave de outra espécie. Por isso pensei em pegar um forpus macho para ela. A veterinária acha uma boa ideia, pois talvez com filhotes ela dê uma trégua. O veterinário de outra clínica acha uma má ideia e acha que é melhor acabar com a crise dela (mas como eu disse, está praticamente impossível). O problema é que uma vez uma pessoa me contou que a criação e Forpus coelestis é proibida em Florianópolis-SC. Alguém pode me dizer como descubro se isso é verdade? Pois eu nunca vi essa espécie para vender por aqui (as minhsa vieram de Curitiba), então o IBAMA pode ter proibido mesmo. Se eu conseguir um macho em outra cidade, o que eu poderia fazer com os filhotes? Se não poderei doar ou vender, não sei o que faria com eles, pois já tenho 7 aves e só pretendo ter mais o macho para a Celeste. 
Obrigada!

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(a Celeste é a azul. Isso foi antes da internação, pois depois que voltou, passou a machucar e brigar muito com a Brioche)

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Thamyres,

Criar forpus coelestis não é proibido. Proibido é manter em cativeiro o forpus xanthopterygius, por se tratar de uma ave silvestre. Essa você tem que ter autorização do IBAMA pra criar em casa. O F. coelestis pertence à fauna exótica, portanto a criação é permitida, desde que as aves sejam anilhadas e se tenha nota fiscal de compra das mesmas.

Eventualmente pode existir alguma lei municipal em Florianópolis que impeça o comércio de aves exóticas no comércio de varejo, mas proibir de criar eu acredito que não.

Existem muitos criadores de forpus no sul do Brasil. Eu conheço um criador excelente em Chapecó, mas creio que fique longe pra você.

Bom, com relação ao comportamento da fêmea...

Forpus é uma ave possessiva e ciumenta. Tem um temperamento bastante impetuoso e é muito comum esse tipo de agressividade. Eu tenho um casal em casa que o macho bate nos filhotes se eles tentam ficar entre ele e a fêmea no mesmo poleiro. Assim que os filhotes se tornam independentes eu separo porque realmente são briguentos.

Não há garantia nenhuma que a Celeste aceite outro macho. Diante do temperamento dela, se você quiser tentar isso, eu recomendo que você procure um macho adulto, forte e bem resolvido, porque se você colocar um filhote bobinho com ela a chance de ela começar a bater nele também é considerável.

Eu acho que você tem que infelizmente habituar essa ave a ficar mais tempo em gaiola e soltá-la somente quando a Brioche estiver presa.

Com relação à postura crônica, eu acho que seu caso se resolve mudando o período de insolação dela (não deixe essa ave dormir tarde). Aves são fotossensíveis e regulam o ciclo reprodutivo pela iluminação solar. Dias longos representam período reprodutivo e dias curtos representam período de descanso. Essa ave tem que dormir mais um pouquinho.

Faça uma dieta mais leve pra ela, com menos sementes calóricas e corte a farinhada (caso você dê). A farta oferta de alimentos calóricos é também um incentivo à reprodução.

Outra medida é evitar que ela tenha acesso a locais que ela faça os ninhos.

Em último caso você terá de apelar pro tratamento hormonal.

Boa sorte!

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  • 3 weeks later...

Se ela tiver filhotes eu poderei anilhar e doar? Pois eu não teria a intenção de ficar com os filhotes. 
Sobre os criadores, me recomendaram dois (e eu não encontrei outros): o de Chapecó e uma de Tubarão. Ele fica de fato muito longe. São 7 horas de viagem e isso seria estressante demais para a ave. A de Tubarão não pode me ajudar.

Sobre o comportamento, eu deixo todas as minhas aves soltas. Soltar uma ave arisca seria péssimo para as outras aves. Logo que as forpus chegaram, eram BEM ariscas e levei uns  meses para conseguir deixar todo mundo junto, pois as calopsitas apanharam bastante delas. E se não formassem casal, eu teria uma ave arisca e presa, coisa que não quero. Como ela tenta fazer casal com qualquer tipo de ave, acredito que em menos de duas semanas ela já se desse bem com um macho. Ela ficou três dias na sala com a irmã, isoladas e em gaiolas diferente, e já voltou quase ao normal, trocando carinho e tudo mais. Caso o casal não fosse formado, eu tentarei com a outra ou ficaria com ele como ave de estimação. 
O comportamento dela estava bem calmo, porém voltou a colocoar ovos e está mais territorialista. Ela ficou três dias presas (mesmo fazendo ninho na gaiola), mas conseguiu fugir. Sorte que estava no quarto, com porta e janelas fechadas. Descobri que ela passa pela malha da gaiola, que é fina. Então acho que nem deixar ela presa eu conseguirei mais. 

Sobre a rotina dela: eu acordo as minhas aves as 10 da manhã (foi feito um acordo com os vizinhos pelo barulho, mas as vezes solto um pouco antes) e eles vão dormir as 7, apesar de as vezes dormirem mais cedo. Eu ofereço para ela sementes (retiro o girassol), farinhada (que ela não gosta), ração Nutrópica para agapornis, ossiba, bloco de cálcio e alimentos naturais, como couve, jiló e brócolis. Os locais que ela faz ninho são, basicamente, todos. Desde buraco, parede, grade da gaiola, potes de comida, etc. 

Eu já li que o tratamento hormonal é prejudicial e pode ser perigoso. Você poderia indicar tópicos ou artigos sobre isso? Citei a opção em um grupo de forpus no Facebook e um criador disse que seria algo cruel a fazer com ela, mas só nesses 18 dias desde que escrevi o relato, já colocou 3 ovos e acho que deve colocar mais um ou dois. Eu sinceramente não sei o que fazer com ela. Até pensei em procurar forpus em Curitiba, pois conheço a cidade, mas só encontrei criadores que vendem só a partir de 10 aves ou em agropecuárias (que infelizmente sei que só vendem aves doentes, em péssimas instalações). 

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Se ela tiver filhotes eu poderei anilhar e doar? Pois eu não teria a intenção de ficar com os filhotes. 
Sobre os criadores, me recomendaram dois (e eu não encontrei outros): o de Chapecó e uma de Tubarão. Ele fica de fato muito longe. São 7 horas de viagem e isso seria estressante demais para a ave. A de Tubarão não pode me ajudar.

Faça um termo de doação... melhor se precaver. Bom, infelizmente não conheço outro pra te indicar.

Sobre o comportamento, eu deixo todas as minhas aves soltas. Soltar uma ave arisca seria péssimo para as outras aves. Logo que as forpus chegaram, eram BEM ariscas e levei uns  meses para conseguir deixar todo mundo junto, pois as calopsitas apanharam bastante delas. E se não formassem casal, eu teria uma ave arisca e presa, coisa que não quero. Como ela tenta fazer casal com qualquer tipo de ave, acredito que em menos de duas semanas ela já se desse bem com um macho. Ela ficou três dias na sala com a irmã, isoladas e em gaiolas diferente, e já voltou quase ao normal, trocando carinho e tudo mais. Caso o casal não fosse formado, eu tentarei com a outra ou ficaria com ele como ave de estimação. 
O comportamento dela estava bem calmo, porém voltou a colocoar ovos e está mais territorialista. Ela ficou três dias presas (mesmo fazendo ninho na gaiola), mas conseguiu fugir. Sorte que estava no quarto, com porta e janelas fechadas. Descobri que ela passa pela malha da gaiola, que é fina. Então acho que nem deixar ela presa eu conseguirei mais. 

lembre-se que o comportamento "arisco" da ave independe da relação com nós humanos, ou seja, uma ave arisca conosco pode ser sociável com outras aves ao mesmo tempo. Como eu disse, se vc quiser tentar um macho pra ela, eu acho que um macho adulto tem mais possibilidade de se acertar com ela, porque ele já tem um temperamento consolidado e não seria submetido pela fêmea. Pense em construir um viveiro pros seus forpus, que seja grande o suficiente pra que tenham alguma liberdade.

Sobre a rotina dela: eu acordo as minhas aves as 10 da manhã (foi feito um acordo com os vizinhos pelo barulho, mas as vezes solto um pouco antes) e eles vão dormir as 7, apesar de as vezes dormirem mais cedo. Eu ofereço para ela sementes (retiro o girassol), farinhada (que ela não gosta), ração Nutrópica para agapornis, ossiba, bloco de cálcio e alimentos naturais, como couve, jiló e brócolis. Os locais que ela faz ninho são, basicamente, todos. Desde buraco, parede, grade da gaiola, potes de comida, etc. 

Eu já li que o tratamento hormonal é prejudicial e pode ser perigoso. Você poderia indicar tópicos ou artigos sobre isso? Citei a opção em um grupo de forpus no Facebook e um criador disse que seria algo cruel a fazer com ela, mas só nesses 18 dias desde que escrevi o relato, já colocou 3 ovos e acho que deve colocar mais um ou dois. Eu sinceramente não sei o que fazer com ela. Até pensei em procurar forpus em Curitiba, pois conheço a cidade, mas só encontrei criadores que vendem só a partir de 10 aves ou em agropecuárias (que infelizmente sei que só vendem aves doentes, em péssimas instalações). 

Já tentou procurar outros criadores em clubes ornitológicos na sua região? Quem sabe vc encontra alguém. Com relação ao tratamento hormonal, a pessoa mais indicada a te orientar sobre os riscos é o próprio médico veterinário encarregado das suas aves, porque geralmente esse tipo de artigo fica mais restrito ao meio acadêmico.

Com relação à rotina, é aquilo que falei no post anterior, tente diminuir a fartura de alimento. Claro que não é pra deixá-la passar fome, mas a abundância de alimentos é um incentivo. Com relação aos horários, eu sinceramente não acho legal vc acorda-los só as 10 horas da manhã, mas não me sinto a vontade em entrar nesse mérito por ser uma questão pessoal sua com seus vizinhos.

Espero ter ajudado.

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